Cerca de 60 agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão. Investigados devem responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, crimes licitatórios, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A Policial Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (18) a Operação Dreno com objetivo de apurar crimes de corrupção praticados por um suposto grupo criminoso em Vilhena (RO), região do Cone Sul. A principal suspeita é de fraudes em licitações na prefeitura do município. Cerca de 60 agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão.
Os mandados são cumpridos nas cidades de Vilhena (RO), Porto Velho, Nova Brasilândia d’Oeste (RO), Machadinho d’Oeste (RO), Rolim de Moura (RO) e Brasília (DF). A Justiça Eleitoral de Vilhena também determinou o sequestro de R$ 4,2 milhões em bens e valores dos investigados.
Conforme a PF, as investigações começaram em 2015 e descobriram uma organização criminosa que atuava dentro da prefeitura de Vilhena para fraudar licitações e obter vantagens indevidas na contratação de empresa especializada para execução de sistema de macrodrenagem, galeria de águas pluviais e canais de drenagem urbana. Os recursos das obras eram repassados ao município pelo Ministério das Cidades.
Cerca de 60 agentes atuam na operação Dreno — Foto: Divulgação/PF
As fraudes nas licitações, praticadas por empresas da região, através de estrutura dentro dos entes públicos, ocorriam com a combinação prévia de preços e propostas. Além disso, as empresas vencedoras obtinham mais vantagens com aditivos nas obras licitadas.
Ainda de acordo com a polícia, os indiciados devem responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, crimes licitatórios, lavagem de dinheiro e associação criminosa, de acordo com a participação de cada um no esquema.
O G1 entrou em contato com a prefeitura de Vilhena, mas até a última atualização da reportagem não havia obtido retorno.
FONTE: G1RO