Caminhoneiros de todo o país articulam uma nova greve para a próxima quarta-feira, 19. As informações são do presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Walace Landim, conhecido como Chorão.
A categoria havia decidido parar para acompanhar a votação que decidiria a constitucionalidade da tabela do frete no Superior Tribunal Federal (STF). A votação, porém, foi suspensa a pedido da Advocacia Geral da União (AGU), o que desagradou os profissionais. Eles decidiram, então, cruzar os braços das 6h as 18h em protesto. “A categoria vai parar na quarta-feira em resposta ao descaso do ministro (Fux)”, afirma Chorão.
O sindicalista afirmou que o ministro Luiz Fux não indicou quando o assunto será colocado novamente em pauta pelo Supremo. É o segundo pedido de adiamento de votação do tema pelo governo.
A tabela de frete foi uma das principais medidas criadas pelo Governo para por fim a greve dos caminhoneiros de 2018. O ministro Fux é relator de três ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) contra a lei, movidas por Associação do Transporte Rodoviário do Brasil (ATR Brasil), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que representam transportadoras e grupos de empresários. Elas alegam que a tabela de frete fere os princípios constitucionais da livre concorrência e livre iniciativa. Já os caminhoneiros alegam que sem o mecanismo, não é possível cobrir os custos do serviço e garantir o sustento.
Porto de Santos
Um grupo de motoristas autônomos está paralisado nas imediações do Porto de Santos desde a zero noite desta segunda-feira, 17. O grupo, que está concentrado no bairro da Alemoa, não está bloqueando vias, segundo informou A Tribuna. A previsão é de que o protesto se encerre à meia noite.
O protesto havia sido proibido pela Justiça, em atenção a um pedido da Companhia Docas do Estado de São Paulo. Em um vídeo, os trabalhadores informavam que bloqueariam o Porto de Santos. O juiz Roberto da Silva Oliveira vetou as manifestações em liminar, sob pena de pagamento e multa diária de R$ 200 mil. Os caminhoneiros estão proibidos de bloquear os acessos ao porto entre os dias 17 e 21 de fevereiro
Fonte: jovem pan