Decretos foram assinados nesta segunda-feira (17) pelo governador do estado, Coronel Marcos Rocha. Também houve entrega de 15 caminhonetes à Seduc.
Mais cinco escolas da rede pública estadual passam a ser militarizadas, como o colégio Tiradentes, em Porto Velho. Os decretos foram assinados nesta segunda-feira (17) pelo chefe de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (PSL).
A cerimônia de assinatura dos decretos que militarizaram as instituições de ensino ocorreu no pátio do CPA e contou com a presença de várias autoridades.
A partir de agora, passam a ser escolas militares após a assinatura do governador:
- Padre Ezequiel Ramin, em Alta Floresta do Oeste;
- 28 de Novembro, em Ouro Preto do Oeste;
- Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, em Cacoal;
- Alkindar Brasil de Arouca, em Guajará-Mirim, e;
- Raimundo Cantanhede, em Jaru.
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), as escolas tiveram as melhores avaliações no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Ao todo, são 13 escolas no mesmo perfil em Rondônia.
A medida faz parte da campanha do governo e do plano estratégico do estado. Com a militarização, a gestão deixa de ser da Seduc.
Defensor da disciplina, da ordem e da educação mais conservadora, o governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha, comentou a mudança que passa a ocorrer nessas escolas a partir de agora.
“Eu vejo o colégio militar como uma outra forma de você educar. Não podemos desmerecer a educação tradicional tanto na modalidade normal quanto na integral, que é outra área que queremos abranger e fortalecer. Mas temos que entender que o colégio militarizado é para aquelas crianças que gostam da área. É somente a forma de receber o professor em pé, de prestar continência, de saber que entre os alunos também tem hierarquia. Isso é bom para o Brasil. Isso é bom para o nosso estado. Isso é bom para as famílias”, declarou.
Na mesma solenidade, foram entregues 15 caminhonetes à Seduc. O recurso, de quase R$ 2 milhões, veio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) do Governo Federal.
Eles serão utilizados para conselhos como de alimentação, comissões de fiscalização das regionais, entre outros serviços executados pela pasta.
Escola cívico-militar
O modelo difere das escolas militares que são gerenciadas pelas Forças Armadas. O Ministério da Educação (MEC) explicou que as atribuições das secretarias estaduais de educação serão preservadas e os oficiais da PM e Corpo de Bombeiros devem atuar como monitores na gestão educacional.
Na prática, a gestão será compartilhada, onde educadores ficam responsáveis pela parte pedagógica e os militares, da administração e da disciplina, além de cuidarem da área psicossocial.
A ideia inicial do governo é estabelecer 216 novas escolas cívico-militares em todo país até 2023. Com a iniciativa piloto em 2020, 54 instituições serão readaptadas para aderirem ao perfil escolar militarizado.
Fonte: G1/Ro