Um empresário de Porto Velho decidiu denunciar três funcionárias à Polícia Civil após descobrir um prejuízo de aproximadamente R$ 40 mil. De acordo com polícia, as empregadas ofereciam descontos de até 60% aos clientes para pagamentos por meio de PIX, utilizando o CPF delas para o recebimento e não o CNPJ da empresa.
Em entrevista ao g1, a delegada Fabiana Moreira, responsável pelo caso, informou que o empresário de uma loja da capital procurou a delegacia após ser alertado por uma cliente sobre um ‘alto’ desconto ao comprar um produto no estabelecimento.
“Essa cliente achou estranho o fato da funcionária pedir para que ela transferisse o dinheiro por aplicativo em um CPF e não para o CNPJ da loja. Foi quando se descobriu um esquema dentro da loja”, afirma a delegada.
Esse esquema envolvia três funcionárias do estabelecimento, que, segundo a delegada, recebiam o dinheiro dos clientes e faziam a divisão dele entre elas. Uma das empregadas envolvida no esquema estava na firma há mais de três anos.
A delegada ainda destaca que os descontos (sem autorização do empresário) eram oferecidos como uma forma de “incentivo” para os clientes efetuarem a compra pelo PIX, usando o CPF das empregadas como a chave de transferência.
“Às vezes o cliente queria pagar no cartão de crédito e elas ofereciam um super desconto com pagamento através do Pix. Eram descontos de até 60%”, revelou a delega
Quanto aos clientes que insistiam em pagar pelo cartão de crédito, de acordo com a delegada, as suspeitas, discretamente antes de finalizar o pagamento na maquininha, faziam a retirada do cartão.
“Saía o canhoto com a informação de que não havia sido efetuado o pagamento. Mas muitos de nós nem pegamos mais esse comprovante. Depois disso, elas entravam em contato com os clientes e informavam que a compra não havia sido efetivada e ofereciam, então, o PIX com desconto como solução”, conta a delegada Fabiana.
Com levamento feito pela empresário, após descobrir o esquema, foi possível detectar um prejuízo de aproximadamente R$ 40 mil. O esquema feito pelas funcionárias acontecia desde outubro de 2020.
Esse crime, de acordo com a delegada, se enquadra em furto qualificado, mas é possível ainda ser enquadrado como associação criminosa, pois havia o fim da prática do crime.
Cuidado em compras com o PIX
Em entrevista, a delegada alertou quanto aos cuidados na hora de realizar pagamentos por meio de PIX.
Segundo Fabiana, as aquisições em lojas (quando pagamento for por meio do PIX) devem ser pagas com o uso da chave de segurança em Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e não por meio de CPF de algum funcionário.
Fonte: G1 RO