Maior operação de reintegração de posse termina com 6 fazendas reintegradas e duas mortes


Duas fazendas não foram reintegradas devido a suspensão do STF.

A Operação Nova Mutum terminou nessa semana com 6 fazendas reintegradas, duas mortes e três prisões entre Ponta do Abunã e Mutum Paraná, região de conflito agrário em Rondônia. Duas fazendas não foram reintegradas devido a suspensão do STF.

A Operação Nova Mutum iniciou no dia 16 de outubro com a instalação de pontos de apoio e distribuição das equipes policiais para o cerco nas fazendas Arco-Íris, Boi Sossego, Três irmãos I e III, Norbrasil, Nova Esperança e Santa Carmem.

“Nós fomos cobrados a respeito dessas reintegrações, da violência no campo, das mortes que ocorreram no campo e dos pecuaristas que estavam sendo reféns junto com seus funcionários e familiares”, disse o Coronel PM Alexandre Luís de Freitas Almeida, Comandante Geral da PMRO.

Uma unidade da Defensoria Pública do Estado de Rondônia (DPERO) foi instalada na região. Pessoas retiradas durante a operação receberam atendimento da defensoria, atendimento médico além de serem assistidos pela Secretária Municipal de Assistência Social.

Incursão simultânea

No dia 19 de outubro, os policiais iniciaram a incursão simultaneamente em oito propriedades entre a fazenda Arco-Íris a Fazenda Santa Carmem, para evitar que os invasores fossem para outras propriedades.

“Quando estávamos fazendo a reintegração em uma fazenda, os invasores migravam para outra fazenda. Então tivemos a ousadia de iniciar uma operação. A maior que se tem em polícia na região norte”, explica o Coronel PM Alexandre Luís de Freitas Almeida, Comandante Geral da PMRO.

Cerca de 3 mil invasores estavam em uma área de mais de 65 mil hectares. Foi preciso três helicópteros e 114 viaturas e mais de 400 agentes de segurança da Polícia Militar e Força Nacional para cobrir toda a área.

Prisões e apreensões

No primeiro dia de inclusão a polícia prendeu dois homens em flagrante. Os suspeitos estavam com mais de R$ 10 mil em espécie e são acusados de venda clandestina de propriedades. Além de veículos com restrição de roubo ou furto.

“Registramos 47 ocorrências policiais, fizemos mais de R$ 5 milhões de autuações na área ambiental, Aprendemos Armas, munições caminhonetes em procedência duvidosa”, disse o Coronel PM Alexandre Luís de Freitas Almeida.

Ao todo, três pessoas foram presas, além de R$ 11.690,00 em espécie, R$ 5 mil em cheques e R$ 10 mil em nota promissória.

Confronto

Na última semana, Gedeon José Duque, suspeito de chefiar um grupo de invasão de terras em Rondônia, e Rafael Gasparini Tedesco, conhecido como Xuxa, foram mortos durante troca de tiros com o Bope.

“Tivemos um confronto onde dois bandidos de alta periculosidade, se encontravam em um local, foram abordados e não atenderam a ordem de parada, abriram fogo contra o BOPE e terminaram neutralizados”, disse o Coronel Hélio Cisneiro Pachá, Secretário de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania.

No esconderijo dos suspeitos foram encontradas:

  • 2 pistola calibre 9mm;
  • 2 espingardas;
  • 2 celulares smartphones;
  • 1 coldre preto (suporte para arma);
  • uma balaclava e um par de luvas;
  • 1 aparelho de pontaria a laser;
  • uma luneta de zoom;
  • 34 reais em espécie;
  • 2 lanternas;
  • Carregadores e munições de 9mm;
  • Cartuchos e munições de espingarda, frascos de pólvoras e chumbos.

Área reintegrada

Segundo o Comando Geral da PM, 40% da região ocupada foi reintegrada. 22 viaturas permanecem no local com o policiamento ostensivo e preventivo para evitar que os invasores retornem.

Ainda de acordo com a PM, uma vila clandestina usada por um bando armado e outros invasores foi desativada. Nessa vila a polícia apreendeu drogas, armas e remédios que pertencem a administração pública.

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), mais de R$ 1 milhão foram gastos em diárias, além de R$ 530 mil em combustíveis.

 

 

 

 

 

Por: diariodaamazonia


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