Uma adolescente de 16 anos foi assassinada pelo namorado dentro de uma vila de apartamentos nesta quinta-feira (17), no bairro Aponiã, em Porto Velho. A vítima foi identificada como Maria Cláudia Borges. Já o acusado é Gabriel Saymo, de 22 anos.
Segundo informações de testemunhas, Maria e Gabriel moravam juntos no imóvel há cerca de dois meses. De acordo com informações do boletim de ocorrência, Gabriel relatou que na noite desta quarta-feira (16) brigou com Cláudia no apartamento.
Para os policiais que atenderam a ocorrência, ele disse estava sob efeito de drogas, vendo vultos e que durante a discussão acabou matando a esposa com as próprias mãos. Gabriel relatou que matou a vítima por volta das 19 horas de quarta-feira.
Após matar a esposa, disse que foi beber e usar drogas na casa de um amigo, que mora próximo à casa da mãe dele. Gabriel disse ainda que por volta das 23 horas retornou para o apartamento e continuou usando drogas ao lado do corpo de Maria Claudia.
Na noite da última quarta-feira (16), o proprietário da vila de apartamentos observou pelas câmeras que o suspeito estava agitado, entrando e saindo do apartamento várias vezes.
Por volta das 3h da madrugada desta quinta-feira, Gabriel entrou em casa e não saiu mais. Instantes depois, Gabriel ligou para a Polícia Militar (PM) e revelou que havia matado a namorada.
“Eles moravam aqui há dois meses. Era uma casal comum. Brigava e depois estava se beijando. Pareciam até meio bobinhos. Mas ninguém tem escrito na testa o que pode fazer. Ela era muito educada com a gente aqui”, disse o proprietário da vila de apartamentos ao g1.
Testemunhas contaram à polícia que a vítima foi estrangulada, mas apenas o laudo pericial vai confirmar a real causa da morte de Maria Cláudia Borges.
A delegada Adrian Vieiro, da Delegacia Especializada em Crimes Contra Vida (DECCV), disse que pela aparência do corpo, a morte havia acontecido há várias horas. “Ainda vamos esperar o IML, mas aparentemente pelas condições do corpo e rigidez cadavérica ela morreu há um tempo”, explicou.
Gabriel recebeu voz de prisão, pois confessou o crime, mas não entrou em detalhes da motivação e nem como matou a adolescente. “Ele estava bem alterado e parecia que estava sob efeito de algum entorpecente”, contou um policial militar à reportagem.
Após ser preso, Gabriel foi levado à Central de Polícia de Porto Velho.
A polícia ainda não sabe se o crime pode ser caracterizado como feminicídio. “Vamos esperar o despacho da Central de Polícia para ver como vai chegar para a homicídios, pois a questão do feminicídio não é só sobre o envolvimento da vítima mulher, tem que ter uma questão de gênero”, disse a delegada Adrian Vieiro.
Fonte: G1 RO