Os produtores de soja de Rondônia podem esperar uma boa safra, se depender das chuvas para os próximos meses. Com a virada de estação, as chuvas devem chegar com muita intensidade, diferente do cenário dos últimos meses, que não tiveram acumulados significativos.
Como setembro foi um mês com predomínio do tempo seco, a entrada da primavera astronômica no dia 22 faz com que as chuvas aumentam sobre o estado. Elas são influenciadas pela canalização de umidade, já que a frente fria do Sudeste ajuda na formação da instabilidade pelo interior do país.
Os produtores que esperam o tempo mais úmido para plantar, já pode se preparar. De acordo com o meteorologista do Climatempo, Vinicius Lucyrio, as chuvas serão suficientes e até acima do esperado pra algumas regiões do estado.
“Com relação a quantidade de chuva para o início do plantio de soja, todas as regiões do estado, principalmente o centro-sul, ali nas regiões de Ji-Paraná e Vilhena, devem ter quantidades suficientes de chuva, com a tendência de volumes dentro ou acima da média climatológica em outubro, e um pouco acima de média em novembro”, explicou Vinícius.
Segundo levantamento do Climatempo, em novembro, praticamente todo o estado pode ter acumulados pouco acima da média com mais dias de chuva. Em dezembro chove mais do que a média apenas no norte de Rondônia, contemplando a região da capital.
Essas chuvas serão causadas principalmente pela junção do calor e umidade. Com a influência dos canais de umidade que se formam entre a região amazônica e o sudeste do país.
“Até dezembro de 2022, as chuvas no estado serão provocadas pela associação do calor com a umidade elevada, e isso favorece mais movimentos verticais e a formação de nuvens mais profundas, que causam chuva forte, que são, em geral, acompanhadas por raios e normalmente por rajadas de ventos fortes”, explicou.
A previsão climática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também indica predomínio de chuvas acima da média climatológica em grande parte da região norte, principalmente por causa da atuação do fenômeno La Niña e do padrão de águas mais aquecidas próximo à costa do oceano pacífico, que influenciam no nosso regime de chuvas.
“Rondônia deve ter influência dos corredores de umidade que se formam aí entre a região sul da Amazônia, o centro-oeste e o sudeste do país, trazendo vários dias de céu nublado e chuvas frequentes, e que neste ano se formam pouco antes do que é considerado normal”, revelou Vinicíus.
Fonte: G1 RO