Um homem foi preso em Machadinho D’Oeste (RO) na última sexta-feira (3) suspeito de manter em cárcere privado, torturar e abusar sexualmente da esposa e filhas.
Segundo a Polícia Civil, as agressões físicas e psicológicas aconteciam dentro da casa da família. Durante as investigações, os agentes foram até o local e encontraram uma arma de fogo. Ela era usada pelo homem para intimidar as vítimas, a intenção das ameaças era impedir que as mulheres denunciassem os crimes.
A polícia não informou as idades das vítimas e nem por quanto tempo elas sofreram as violências.
O homem foi preso em flagrante. Ele foi encaminhado ao Sistema Prisional onde permanecerá à disposição da Justiça.
Os policiais também emitiram pedido de medida protetiva para a família. As medidas protetivas são ordens judiciais que têm objetivo de proteger pessoas que estejam em situação de risco, perigo ou vulnerabilidade.
Onde procurar ajuda?
As mulheres que sofrem violência doméstica podem buscar ajuda em órgãos públicos, com base em três eixos:
- Serviços de saúde: para os casos em que a mulher sofre violência física ou sexual. Ajuda pode ser solicitada em hospitais, UBSs e UPAs, por exemplo
- Assistência social: serviços podem garantir as condições básicas de vida da mulher (proteção urgente, moradia, alimentação) e encaminhar a solução de questões como divórcio e guarda dos filhos
- Polícia e Justiça: vão proteger a integridade da mulher e responsabilizar e penalizar os agressores
Além disso há contatos para emergências:
- Central de Atendimento à Mulher: 180
- Polícia Militar: 190
- Polícia Civil: 197
Caso a vítima não tenha acesso a meios telefônicos, as denúncias podem ser feitas presencialmente em qualquer delegacia.
Veja abaixo alguns tipos de violência doméstica para ajudar na identificação
- Psicológica e moral: perseguição, humilhação, ameaça, chantagens, controle da vida social e isolamento, injúrias, difamação e calúnia;
- Física: agressões com tapas, socos, queimaduras, mordidas, empurrões e puxões de cabelo e outros atos contra a integridade física da vítima;
- Sexual: relações forçadas, mesmo dentro de uma relação conjugal; proibição de usar métodos contraceptivos e forçar gravidez ou aborto; retirar o preservativo no meio do ato sem consentimento do parceiro;
- Virtual: divulgar e compartilhar fotos e vídeos íntimos pela internet sem a autorização, com o objetivo de humilhar ou chantagear;
- Patrimonial: Destruição de móveis, celulares, objetos pessoais; controlar o dinheiro, impedindo que a vítima tenha liberdade financeira; rasgar fotos com o intuito de causar abalo; impedir a posse de documentos pessoais.
- Fonte: G1 RO