El Niño deve deixar temperaturas mais quentes que o normal em RO


Sentinel-6 Michael Freilich / Nasa

A Nasa divulgou na quarta-feira (21) uma imagem mostrando que o El Niño está de volta para balançar o clima do país.

O El Niño é um fenômeno que promove o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, o que deixa o nível do mar mais alto. Quando o fenômeno está em atuação, o calor é reforçado no verão e o inverno é menos rigoroso.

Oficialmente, o inverno começou no hemisfério Sul na quarta-feira e, com isso, no Brasil, a região Sul tende a ter temperaturas mais frias e com chuvas e no Norte mais quente e seco.

Entretanto, com a formação do El Niño, as temperaturas podem sofrer alterações em todo o país.

A imagem divulgada pela Nasa (que abre esta matéria) mostra as “anomalias” da altura da superfície do mar no Oceano Pacífico, observadas entre os dias 1 e 10 de junho. Segundo a Nasa, os tons de azul indicam níveis do mar abaixo da média; o branco representa as condições normais do nível do mar; e os vermelhos indicam áreas onde o oceano estava mais alto do que o normal.

No El Niño, a água se expande à medida que esquenta, então o nível do mar tende a ser mais alto em locais com água mais quente.

Ainda conforme a Nasa, quando o El Niño está em atuação, o calor é reforçado no verão e o inverno é menos intenso. Isso ocorre porque ele dificulta o avanço de frentes frias no país, fazendo com que as quedas sejam mais sutis e mais breves. O ar se torna mais seco e passa a circular para baixo, o que dificulta a formação de chuva e está associado a períodos de secas.

Formação do El Niño

O El Niño, assim como a La Niña, determina mudanças nos padrões de transporte de umidade e, portanto, variações na distribuição das chuvas em algumas partes do mundo — inclusive o Brasil.

Segundo o International Research Institute for Climate and Society, os dois fenômenos, El Niño (EN) e La Niña (LN), têm as seguintes características:

  • tendem a se desenvolver entre abril e junho
  • atingem o pico entre outubro e fevereiro
  • duram entre 9 e 12 meses,
  • podem persistir por até aproximadamente 2 anos
  • recorrem em intervalos de 2 a 7 anos

Ou seja, acontecem de maneira alternada e periódica, com um período de neutralidade entre eles. Para determinar que um dos dois fenômenos está em curso, é preciso haver persistência na alteração de temperatura no Oceano Pacífico por, pelo menos, cinco ou seis meses de registros de altas ou quedas para que um dos fenômenos se consolide de fato.

Quais os impactos do El Niño sobre o clima do Brasil?

Causa secas mais fortes nas regiões Norte e Nordeste do país (chuvas abaixo da média), principalmente nas regiões mais equatoriais; e provoca chuvas excessivas nas regiões Sul e do país.

El Niño deve deixar temperaturas mais quentes que o normal em RO

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