Justiça bloqueia mais de R$ 605 milhões em bens na Operação Arigós contra crimes ambientais em Rondônia


O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio do Gaeco e do Nucam/Gaema, com apoio da Polícia Civil de Machadinho do Oeste e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/RO), deflagrou a segunda fase da Operação Arigós, que mira uma associação criminosa responsável por devastação ambiental em unidades de conservação no estado.

A nova etapa cumpre decisão da 3ª Vara Criminal de Porto Velho, que determinou uma série de medidas cautelares contra os investigados, incluindo:

  • Bloqueio e indisponibilidade de bens avaliados em R$ 605.111.082,57;
  • Apreensão de veículos, tratores e implementos agrícolas;
  • Sequestro de gado (semoventes);
  • Suspensão de atividades agropecuárias;
  • Proibição de acesso e circulação dentro e ao redor da Estação Ecológica (Esec) Soldados da Borracha;
  • Desativação de cadastros no CARF;
  • E proibição de emissão de GTAs (Guias de Transporte Animal).

Segundo o MPRO, as medidas buscam impedir a continuidade das atividades ilegais, bloquear lucros obtidos com crimes ambientais e garantir a reparação dos danos causados.

A operação tem origem em investigação de 2022, quando 12 pessoas foram denunciadas por associação criminosa, falsidade ideológica e crimes ambientais. As apurações comprovaram que o grupo se associou com o objetivo de lucrar com o desmatamento dentro da Estação Ecológica Soldados da Borracha, unidade de conservação criada em 2018.

Os criminosos usavam “laranjas” em contratos de compra e venda de terras, omitindo os verdadeiros beneficiários para evitar punições civis e criminais.

O MPRO estima que o grupo foi responsável pelo desmate de 8.023 hectares de floresta nativa — o equivalente a mais de 11 mil campos de futebol —, com dano ambiental avaliado em mais de R$ 605 milhões.

A segunda fase da operação contou com a participação de 25 agentes públicos e visa restringir a capacidade financeira dos envolvidos, reforçando o combate ao crime organizado ambiental em Rondônia.

Com a ação, o Ministério Público reafirma seu compromisso de proteger os recursos naturais e garantir a preservação ecológica para as atuais e futuras gerações.

Fonte: Info Rondonia


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