Com participação do MP, polícia faz reconstituição da morte de bebê de 8 meses, em RO


Pai e tio foram soltos nesta semana. Mãe da menina continua presa temporariamente.

O Ministério Público de Rondônia foi convidado a participar da reconstituição do crime da morte da bebê de 8 meses, que deu entrada em um hospital de Porto Velho sem vida no dia 13 de setembro. A ação aconteceu nesta semana.

O promotor de Justiça que acompanhou a reconstituição, Elias Chaquian, destacou o ponto mais preocupante da ação. “Me chamou a atenção algumas nuances em como a criança foi encontrada. É uma questão que vai depender muito do laudo, isso para a gente poder fixar no que aconteceu, foi bem chocante para mim”.

Pai e do tio, suspeitos de possível envolvimento no suposto estupro cometido contra a criança, foram soltos. Segundo o promotor, os indícios são “menores da participação deles nesse caso. Mas só depois de analisar todo o contexto será definido qual a linha do Ministério Público, seja com relação ao pai, o tio e a mãe”.

Quanto a decisão da prisão temporária à mãe, que também é suspeita, Elias pontuou que a situação dela é diferente dos outros dois. “Os indícios apontam muito para ela do que aos outros dois. A criança faleceu por asfixia. Estamos aguardando o laudo, principalmente por umas questões técnicas, que precisa ser chegado”, explicou.

Reconstituição

O promotor explicou que a reconstituição é um meio de chegar ao culpado. Ele explica as fases durante a ação. “Quando há dúvidas de como ocorreu o crime efetua-se a reprodução simulada dos fatos. Isso para que seja esclarecida para autoridade policial ou para as outras autoridades constituídas de que forma esse crime foi feita”.

Por se tratar de três suspeito, Elias conta que cada um é ouvido separadamente para ver se as versões se encaixam.

“Nesse crime serão comparadas as versões do tio, pai e da mãe. Vai ser analisado como tudo aconteceu e haverá o cotejo com os laudos com as demais provas colhidas. Isso para saber qual a versão mais correta sobre o que aconteceu naquele dia. É preciso reconstituir para de fato chegar aos culpados e como foi que aconteceu o crime, se é culposo ou doloso. Para não restar nenhuma dúvida”.

Durante a reconstituição, de acordo com o promotor, os suspeitos seguiram separados. “Cada um narrou a sua parte e depois foram filmados. Além de acompanhar o papel do MP nesse caso é se inteirar da reprodução, também elaborar alguns questionamentos a respeito do fato e poder ficar mais tranquilo a nossa denuncia, se for o caso. A gente analisou o contexto, elaborou algumas perguntas formais, depois aguardar o resultado, justamente para a gente criar a nosso juízo de valores do caso”, concluiu Elias Chaquian.

Fonte: G1/RO


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