Detalhes da violência sexual cometida por um homem que, na tarde de segunda-feira estuprou uma mulher em Vilhena, mostram a frieza e a crueldade do autor do crime.
Segundo apurou a reportagem com dados atualizados, o invasor entrou na casa, onde a vítima estava no quarto, amamentando o filho de apenas 1 ano e 02 meses de vida. Armado com um facão, o marginal disse à mulher para “ficar quietinha”, pois ele queria “apenas” roubar um aparelho de TV e o celular dela.
Após fechar portas e janelas, o invasor pegou o celular da mulher e, quando o aparelho foi desbloqueado a pedido dele, o desconhecido começou a ler as mensagens trocadas entre ela e o marido. O criminoso também fez a vítima ligar a TV para distrair a criança, que estava chorando.
Durante o período em que manteve mãe e filho como reféns, o bandido fumava uma substância que estava dentro de uma latinha, provavelmente uma pedra de crack.
Depois, aparentemente sob o efeito da droga, o invasor obrigou a mulher a manter relações sexuais com ele diante da criança. Agressivo e ameaçando matar o menino com o facão, o abusador filmou o ato sexual e enviou o material para o celular do marido da mulher, usando o aparelho dela. E, junto com o vídeo, ainda escreveu uma mensagem: “se espalhar…”
Próximo à residência atacada, fica uma casa com câmeras de monitoramento, cujas imagens foram recolhidas para análise e poderão identificar o maníaco. A testemunha também disse ser capaz de reconhecê-lo.
A vítima, que teve o celular levado pelo bandido, recebeu atendimento no Hospital Regional. Na fuga, o criminoso deixou cair um isqueiro que provavelmente havia usado para queimar a pedra de crack consumida durante a selvageria praticada contra a vítima.
O vídeo repugnante enviado para o celular do marido da mulher será analisado e também poderá ajudar a identificar o abusador, que até agora não foi localizado, apesar dos esforços da Polícia Militar, que faz diligências desde que foi acionada para lidar com o caso.
Um suspeito foi abordado
Ainda durante a noite de segunda-feira, a Polícia Militar abordou um rapaz usando as mesmas roupas descritas pela vítima.
Segundo testemunhas, o estuprador foi visto correndo descalço em direção a um terreno baldio. Ele tinha uma tatuagem na barriga e outra no antebraço direito, e estava usando uma camiseta vermelha e shorts jeans azul. Segundo a vítima, o homem era magro, moreno e usava camiseta vermelha com inscrição “Calvin Klein”.
Na noite de segunda-feira, uma guarnição da Polícia Militar abordou em frente a um hipermercado da avenida Tancredo Neves, um rapaz usando camiseta vermelha com a escrita “Calvin Klein” e calção, parecido com a versão relatada da vítima.
Populares filmaram a abordagem e o vídeo viralizou nas redes sociais.
Vítima não reconhece suspeito abordado e homem é liberado
Apesar das características do suspeito abordado pela PM serem as mesmas do infrator que estuprou uma mulher e ameaçou um bebê com um facão, a vítima afirmou não ser ele o acusado e, diante desta situação, ele foi liberado.
A Polícia Civil está investigando o caso de estupro e guarnições da PC e PM continuam em diligências para localizar e prender o suspeito, que pode ser identificado através de imagens de câmeras de segurança de residências próximas e pelo vídeo em que obrigou a vítima a gravar.
Com a repercussão do caso e a revolta dos moradores pelo ataque, muita gente se dispôs a castigar o criminoso, “fazendo justiça pelas próprias mãos”. Com isso, existe o risco de algum inocente usando o mesmo tipo de roupa descrita pela vítima ser confundido e agredido por populares.
Neste caso, o que já era um episódio dramático pode acabar virando tragédia.
Fonte: Rota Policial News, Folha do Sul