Caso Laryssa: Justiça aceita denúncia e torna réu assistente social acusado de matar adolescente em Ouro Preto, RO


Réu será julgado por feminicídio, estupro, fraude processual qualificada e ocultação de cadáver.

A Justiça de Rondônia aceitou parcialmente a denúncia do Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e Ronaldo dos Santos Lira se tornou réu pela morte de Laryssa Victória. Ele será julgado por feminicídio, estupro, fraude processual qualificada e ocultação de cadáver.

Segundo a denúncia do MP-RO, o réu também deveria responder por armazenamento de pornografia envolvendo criança e adolescente. Os materiais foram encontrados nos aparelhos eletrônicos de Ronaldo, após a quebra de sigilo autorizada pela Justiça durante a investigação do caso.

Porém, o juiz, Carlos Roberto Rosa Burck, considerou que o crime citado não tem conexão objetiva com a morte de Laryssa e não pode ser considerada na mesma denúncia “sem prejuízo da oferta de nova denúncia em feito distinto”.

Ronaldo está preso preventivamente desde o dia 21 de março e deve permanecer até 20 de junho, quando a prisão poderá ser reavaliada.

Ao g1, a defesa informou que além de pedir que seja excluído todo o material relacionado a pornografia, pois “se trata de outro processo sem relação com o homicídio” de Laryssa, também deve pedir o incidente de insanidade mental, para avaliar a integridade mental do acusado.

Confissão

Segundo a Polícia Civil, Ronaldo confessou no interrogatório que matou Laryssa Victória pelo “desejo de matar” que tinha desde a infância. Ele teria usado a bolsa da própria vítima para tentar um estrangulamento, depois a esfaqueou no pescoço e “assistiu ela sangrar”.

O laudo tanatoscópico confirma que Laryssa morreu de “hemorragia externa por instrumento pérfuro-inciso”, ou seja, sangrou até a morte. Ele narrou no interrogatório que enquanto ela morria ele ria de prazer.

“Os fatos que ele narrou do seu interrogatório sobre a morte da Laryssa são indescritíveis, uma crueldade. Ele torturou aquela adolescente que sangrou até morrer”, aponta o delegado responsável pelo caso.

 

 

 

 

G1/RO


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