A audiência de instrução e julgamento de Ronaldo dos Santos Lira foram marcados para o dia 22 de setembro deste ano. Ele é acusado de matar a adolescente de 17 anos Laryssa Victória em Ouro Preto do Oeste (RO).
De acordo com o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), a audiência será realizada de maneira virtual, as testemunhas serão ouvidas por videoconferência. Caso elas não tenham algum equipamento para isso, devem ser ouvidas pessoalmente nas dependências do fórum.
Atualmente, Ronaldo está preso na Casa de Detenção de Ouro Preto. O g1 tenta localizar a defesa do acusado, mas até a publicação desta reportagem, não havia tido retorno.
Relembre o caso
O corpo de Laryssa Victória, de 17 anos, foi encontrado no dia 20 de março em uma cova no quintal da casa de Ronaldo dos Santos Lira, que é assistente social e conhecido no meio político em Ouro Preto, segundo a polícia. Ele foi preso em flagrante.
A suspeita é que Ronaldo matou a vítima usando um objeto perfurocortante e depois a enterrou na cova. O delegado Niki Locatelli, responsável pelas investigações, afirmou na época ter encontrado possíveis vestígios de alterações na cena do crime.
O desaparecimento
A menina estava desaparecida há dois dias, de acordo com a família. Ela saiu na noite da sexta-feira (18) para se encontrar com amigas, mas não voltou para casa. O pai da adolescente relatou que procurou ela durante a madrugada e também no dia seguinte, mas não encontrou.
A polícia começou a investigar o desaparecimento e encontrou imagens de câmeras de segurança mostrando a jovem na companhia de um homem, de 36 anos, identificado como Ronaldo dos Santos Lira.
Vídeos obtidos pela polícia mostram o momento em que a adolescente caminha pela avenida Daniel Comboni, com Ronaldo e outra pessoa que não teve a identidade revelada pela polícia. Em determinado momento de um dos vídeos, a pessoa se separa deles e o suspeito segue o caminho sozinho com a vítima.
Um outro vídeo mostra a vítima cambaleando e quase caindo, sendo puxada pelo suspeito por ruas do bairro Colina Park, em Ouro Preto.
Ao redor da casa do suspeito não há muros. Os investigadores, em visita ao local, notaram que parte da terra do quintal estava mexida e do lado de fora da casa havia um colchão queimado.
“Essa terra fofa, mexida recentemente, chamou a atenção dos investigadores, onde suspeitaram que no local poderia estar o corpo da adolescente. Diante dessa suspeita, dei a ordem para entrar e escavar a terra mexida. A gente localizou o corpo ali”, relatou o delegado.
Fonte: G1 RO