Investigações apontaram que caso não foi legítima defesa. Caso será enviado ao Ministério Público, que deve fazer denúncia à Justiça.
A Polícia Civil concluiu as investigações sobre o assassinato de Welly Nascimento, o jovem de 33 anos que foi baleado na cabeça e morto dentro de um clube de tiros em Nova Mamoré (RO). O instrutor do local, apontado como autor do crime, foi indiciado por homicídio simples, ou seja, sem qualificadoras.
O caso aconteceu em setembro deste ano. Na época, o instrutor confessou o crime, mas alegou que agiu em legítima defesa, após a vítima ter tentando tomar a sua arma. Ele foi ouvido e liberado em seguida pela delegada de plantão.
O caso foi registrado inicialmente como legítima defesa. A família da vítima, no entanto, não acreditava nessa versão.
Testemunhas e familiares dos envolvidos no caso foram ouvidos pela Polícia Civil e as investigações apontaram que a morte de Welly se tratava de um homicídio simples.
O inquérito foi concluído e deve ser entregue ainda nesta segunda-feira (31) ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO), que vai decidir se o caso será denunciado à Justiça.
Relembre o caso
Welly Nascimento, de 33 anos, morreu dentro do clube de tiros onde era aluno em Nova Mamoré, interior do estado de Rondônia. Um instrutor do clube é o principal suspeito do crime.
Segundo a Polícia Civil, o treinador disse que agiu em legítima defesa, após o aluno ter tentado tomar sua arma de fogo. A família da vítima não acredita nessa versão.
Um outro associado do clube estava no local no momento dos tiros, mas afirma que não chegou a presenciar a cena. De acordo com o relato dele à polícia, Welly foi até a sala do instrutor, fechou a porta e momentos depois a testemunha diz que ouviu os disparos de arma de fogo.
Após os depoimentos iniciais, o suspeito do crime foi liberado. De acordo com a polícia isso aconteceu, pois “como apenas os envolvidos estavam presentes na sala em que os disparos aconteceram, não há como afirmar, por hora, se o agente teria agido em total legítima defesa ou se ele teria condições de agir de forma diversa, evitando possíveis excessos”.
Segundo a delegada que recebeu o caso, o suspeito foi liberado inicialmente, “já que os fatos devem ser melhor apurados por meio de uma investigação mais detalhada”. As imagens das câmeras de monitoramento do clube de tiro e da residência da vítima também seriam usadas nas investigações.
O laudo da morte
O laudo realizado pelos peritos do Instituto Médico Legal (IML) apontam que Welly morreu após sofrer “lesões crâneo encefálicas”.
O traumatismo cranioencefálico (TCE) é quando ocorre um choque na cabeça na altura do crânio, independente de sua violência. No caso de Welly o projétil de arma de fogo penetrou o crânio, causando assim o óbito.
Fonte: g1ro