Rondônia: Polícia Federal deflagra Operação Exodus para combater a migração ilegal para os EUA


As investigações tiveram início a partir da denúncia de familiares de uma emigrante que teria sido vítima de sequestro, estupro e tentativa de homicídio, em território mexicano, por supostos “atravessadores” e/ou Coyotes.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (3/11) a Operação Exodus*, visando combater o crime de promoção de migração ilegal.

Policiais federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal de Porto Velho/RO, nos estados de Rondônia e Rio Grande do Norte.

Também foi determinada a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, como o uso de monitoramento eletrônico, proibição de se ausentar do país e suspensão de atividades relativas ao setor de viagens e turismo. Houve ainda a determinação do bloqueio de valores que, somados, chegam a R$ 17 milhões das contas de três pessoas físicas e uma pessoa jurídica.

No interior das residências e estabelecimento comercial, a Polícia Federal apreendeu equipamentos eletrônicos e documentos que visam auxiliar nas investigações dos crimes apurados.

As investigações tiveram início a partir da denúncia de familiares de uma emigrante que teria sido vítima de sequestro, estupro e tentativa de homicídio, em território mexicano, por supostos “atravessadores” e/ou Coyotes, ao tentar ingressar ilegalmente do México para os Estados Unidos, após ter contratado um “coiote” brasileiro para realizar a travessia.

Com o avançar das investigações, constatou-se que a agência de turismo responsável pela emissão da passagem da vítima brasileira tinha atuação atípica, sendo que sua atividade era majoritariamente voltada ao envio de brasileiros para o México.

Somado a isso, a pessoa jurídica também apresentou, apesar do pouco tempo de constituição e em um curto período de tempo, movimentações financeiras milionárias, mesmo com capital social bem inferior aos recursos movimentados, indicando a possível prática de lavagem de dinheiro.

Os suspeitos devem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de promoção de migração ilegal e lavagem de dinheiro, sem prejuízo de que, com a continuidade das investigações, os suspeitos possam responder pelos demais crimes dos quais a emigrante foi vítima no exterior, caso fique demonstrado o envolvimento nos atos criminosos.

O nome da operação, “Exodus”, que vem do latim e significa êxodo, faz referência à saída de um grupo de pessoas de uma região para outra, situação que se evidencia com a prática da promoção da migração ilegal.

 

 

 

 

 

Fonte: Newsrondonia


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