Investigações foram iniciadas em Porto Velho, pela Delegacia Especializada em Repressão às Fraudes (Defraude) que apurou que o advogado fez vítimas em Rondônia e no Acre.
O advogado Rodrigo Tosta Giroldo, suspeito de aplicar golpes milionários à empresário e colegas de profissão, se apresentou à Polícia Civil no Paraná, na manhã desta quarta-feira (20). Tosta teve a prisão decretada e estava como foragido da justiça.
Conforme apuração da Polícia Civil, os golpes ultrapassam os R$ 30 milhões. Tosta teve a permissão para advogar suspensa pela Ordem dos Advogados do Brasil em Rondônia (OAB-RO).
Entenda
Nas primeiras horas do dia, Rodrigo Tosta se apresentou à Polícia Civil no Paraná. O delegado responsável pela investigação, Swami Otto, logo após receber a informação da apresentação do suspeito, solicitou o Serviço Aeropolicial (SAER) da Polícia Civil para escoltar o Tosta e assim, ele ser recolhido no sistema prisional rondoniense.
O delegado esclareceu que quando retornar com o preso à Porto velho, acontecerá o interrogatório e formalmente ele será indiciado pelo crime de estelionato. Em seguida será recolhido ao sistema prisional onde ficará à disposição da Justiça.
Durante coletiva de imprensa dada à jornalistas na terça-feira (20), o delegado Swami Otto destacou que foram necessárias algumas medidas cautelares diante da prisão preventiva decretada do suspeito e pelo fato dele estar como foragido da justiça. Tais atitudes foram feitas na tentativa de localizar o advogado.
Dentre as medidas cautelares solicitadas estão:
- prisão preventiva;
- mandados de busca em seis locais diferentes;
- indisponibilidade e sequestro dos bens;
- quebra de sigilo bancário e fiscal;
- bloqueio de contas.
“Os mandados de buscas foram realizados onde possivelmente ele poderia ser localizado incluindo o seu escritório em Porto Velho. Todo esse material arrecadado e o que vai ser informado pelas instituições financeiras e a própria Receita Federal vai ser analisado”, explica Swami Otto.
Suspensão
Depois de tomar conhecimento sobre o caso, a OAB-RO afirmou que suspendeu o advogado, de forma cautelar e sem tempo determinado. O objetivo é “preservar a honra da classe”.
O advogado também pode sofrer outras penalidades estabelecidas pelo Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB-RO, responsável por analisar os fatos e adotar as medidas cabíveis.
Fonte: g1/ro