Caso aconteceu na madrugada de quinta (27). Suspeito passará por audiência de custódia nesta sexta (28). Esposa da vítima viu as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento. Polícia investiga o caso.
O vídeo da câmera de segurança da conveniência de um posto, em Cuiabá, mostra o momento em que o policial civil, Mario Wilson Vieira, mata o policial militar, Thiago de Souza Ruiz, de 36 anos, na madrugada dessa quinta-feira. (Assista acima).
Nas imagens é possível ver Thiago (de camisa branca), Mário (de camisa cinza) e um outro homem que estão sentados à mesa. Thiago mostra uma cicatriz e, em seguida, Mário se levanta com o revólver na mão e puxa a arma da cintura de Thiago, que tenta pegar o revólver novamente.
Eles entram em uma luta corporal. Outras pessoas tentam separá-los, e o rapaz que está de camisa preta retira a arma da mão de Mário, mas depois começam os disparos. O PM, já ferido, corre para fora da loja, e Mario, que está no chão, se levanta e sai andando.
O policial civil foi preso em flagrante por homicídio qualificado, ainda na quinta, em Cuiabá, ao se apresentar na delegacia. Ele foi encaminhado para audiência de custódia na Justiça previsto para esta sexta-feira (28).
O caso
Por volta de 03h30 desta madrugada, as equipes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e da Corregedoria-Geral foram acionadas para atender a ocorrência de homicídio na conveniência de um posto de combustível ao lado da Praça 08 de abril, na capital.
Segundo a polícia, Thiago foi socorrido e encaminhado para um hospital particular, onde foi realizado procedimento de reanimação, mas ele não resistiu aos ferimentos.
A PM informou que uma equipe foi até o hospital e encontrou o policial suspeito, que entregou as armas. A DHPP e a Corregedoria investigam o caso.
A PM informou que Thiago ingressou na corporação em fevereiro de 2011 e, atualmente, estava lotado no 7º Batalhão de PM, em Rosário Oeste, área do 2º Comando Regional.
Ao g1, a esposa de Thiago contou que viu as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento e disse que ainda não entende a motivação da desavença. As causas do crime são investigadas.
“Eles estavam na conveniência e o meu marido levantou para mostrar uma cicatriz embaixo do braço. Ele estava conversando com esse rapaz que o assassinou. Ele portava uma arma de fogo na cintura e o outro também, o civil. Pegou a arma do Thiago e não esboçou nenhuma reação. Eles caíram em um embate e houve o tiro. Foram nove tiros à queima roupa praticamente. Isso que eu sei”, contou.
Fonte: G1