Espaço que recebeu o corpo de José Walter Silva do Nascimento foi aberto pelos sobrinhos, parentes próximos e o funcionário da funerária.
A família que foi filmada tendo que abrir uma cova no cemitério de Guajará-Mirim (RO) porque não havia nenhum funcionário da prefeitura para realizar o serviço, revelou o sentimento de tristeza e humilhação com a situação.
O caso aconteceu na última segunda-feira (5) e ao g1, a sobrinha do falecido, Leila e Silva do Nascimento, a prefeitura alertou que a cova só seria aberta se os familiares limpassem o local. Após realizar a limpeza, a família solicitou o serviço de abertura da cova, mas ninguém apareceu.
“O rapaz da funerária ligou para prefeitura, para fazer a etapa de sepultamento e confirmaram que a cova seria aberta. Quando chegamos no local não tinha lugar nenhum, não estava cavado”, contou Leila.
O espaço que recebeu o corpo de José Walter Silva do Nascimento foi aberto pelos sobrinhos, parentes próximos e o funcionário da funerária.
“Já estava anoitecendo e não recebemos informação nenhuma, meu filho, primo, meu padrasto e o rapaz [da funerária] ajudaram a cavar”, revelou.
Leila diz que foi realizado um boletim de ocorrência a fim de responsabilizar a administração municipal pela situação, mas até o momento não receberam nenhuma informação ou comunicado oficial de nenhum órgão público. A família também não tem recursos financeiros para pagar um advogado.
“Além da perda, estamos humilhados. Sentindo toda essa dor, cuidamos tanto dele para chegar em um momento tão delicado e não ter dignidade. Estamos muito tristes. Quando lembramos de tudo, o sentimento é pior”, desabafou.
Segundo a prefeitura de Guajará-Mirim, o responsável pelo local estava de férias e o coveiro plantonista não apareceu para realizar o trabalho, mesmo sendo informado. A administração municipal também informou que abriu um processo administrativo contra o servidor.
Fonte: G1/RO