“Feiticeiro” preso em Vilhena, que pedia nudes às vítimas, é solto e faz nova vítima em Cuiabá


Uma adolescente de 13 anos viveu momentos de terror nesse sábado, 4 de janeiro, quando um desconhecido ligou afirmando que um trabalho espiritual estaria sendo feito para todos os familiares dela.

Para o trabalho ser desfeito, ele queria fotos da menina, sem as roupas.

O crime, já conhecido na Grande Cuiabá, dessa vez aconteceu em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá).

Eram por volta de 6h40 quando o suspeito ligou, chamou a adolescente pelo nome, disse conhecer todos os familiares dela e que um trabalho espiritual estava sendo feito para os entes queridos dela.

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Como uma espécie de ameaça, ele dizia que, para o trabalho ser desfeito, a vítima precisava enviar fotos íntimas para ele.

A menina ficou com medo, mas desligou o telefone imediatamente, não enviou nenhuma fotografia, e contou para a família o ocorrido.

O suspeito, no entanto, insistiu, ligou novamente e insistiu dizendo conhecer toda a família da menina.

Dessa vez, a ameaça era de que, se ela não enviasse as fotos, ele iria se vingar raspando a cabeça e quebrando as pernas da mãe e da irmã dela. A família procurou a polícia e denunciou o caso.

“FEITICEIRO”

Essa não é a primeira vez que uma história como essa vem à tona.

Em novembro de 2018, a Polícia Judiciária Civil divulgou que ao menos 10 boletins de ocorrência haviam sido registrados na Grande Cuiabá com o mesmo modus operandi: um “feiticeiro” que pedia fotos nuas para crianças e adolescentes, ameaçando que elas ficariam paraplégicas e carecas.

As vítimas, geralmente do sexo feminino, foram ouvidas e contaram que o homem se apresentava como feiticeiro, ou curandeiro, no WhatsApp, e dizia ter sido contratado para realizar um “trabalho” contra elas, que seriam amaldiçoadas e deixariam de andar e perderiam todo o cabelo.

“E, no sentido de não realizar esse trabalho espiritual, o suspeito solicita que a vítima, no caso a criança ou adolescente, encaminhe fotos da sua pessoa nua, via aplicativo WhatsApp”, contou o delegado Cláudio Alvares de Sant’anna à época.

Como as vítimas eram muito novas, tendiam a acreditar no suspeito e fazer o que ele pedia. Tudo sob ameaça do suposto “poder espiritual” dele.

Depois, a polícia divulgou uma imagem do suspeito, Edinei Honorato Lopes, que ficou conhecido como “Maníaco do telefone”.

 

Fonte: Site O livre – Cuiabá


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