Urgente – DRACO2 cumpre 98 medidas cautelares e desmonta núcleo do Comando Vermelho em Rolim de Moura e outras cidades de RO


Rolim de Moura concentrou as principais prisões e buscas da operação que também alcançou cidades vizinhas.

A operação DRACO2 cumpre 98 medidas cautelares e coloca Rolim de Moura no centro da maior ofensiva recente contra a facção Comando Vermelho em Rondônia. Deflagrada na manhã desta sexta-feira (05/12), a ação mirou o principal núcleo da organização criminosa no interior do estado e cumpriu prisões, buscas e bloqueios de bens que também alcançaram cidades como Jaru, Ji-Paraná, Cacoal, Espigão do Oeste, Vale do Anari, Machadinho do Oeste, Theobroma e até Campo Grande (MS). A investigação revelou que Rolim de Moura servia como base de comando para a atuação regional da facção.

Em Rolim de Moura, a Polícia Civil executou 24 prisões preventivas e 21 mandados de busca, números que superaram todos os demais municípios envolvidos. Segundo a 2ª DRACO, que coordenou a operação, a cidade abrigava o núcleo mais estruturado da facção, responsável por emitir ordens, gerenciar o tráfico e organizar cobranças feitas a integrantes e rivais.

Foi também em Rolim de Moura que as investigações ganharam força. A operação começou após um flagrante de sequestro e cárcere privado envolvendo dois homens que comercializavam drogas sem autorização da facção. Eles seriam executados pelo chamado “tribunal do crime”. A ação policial impediu a morte das vítimas e revelou a existência de grupos que seguiam ordens emitidas do Rio de Janeiro.

A DRACO identificou ainda um grupo de WhatsApp denominado “Diretoria Rolim de Moura”, usado para coordenar entregas, valores codificados e comunicações internas. Esse canal de mensagens servia como centro de controle da facção na região, integrando lideranças, gerentes de bairro e entregadores.

Embora o foco estivesse em Rolim de Moura, a operação também alcançou outras cidades onde a organização mantinha células menores. Em Jaru, foram cumpridos 15 mandados de prisão e nove de busca contra integrantes envolvidos em incêndios criminosos contra provedores de internet, ataques que teriam sido ordenados para intimidar empresários que recusaram pagar extorsão.

As equipes também atuaram em Ji-Paraná, Cacoal, Espigão do Oeste, Vale do Anari, Theobroma e Machadinho do Oeste, além de um alvo em Campo Grande (MS). Nesses municípios, a facção operava com funções específicas: esconderijos, transporte regional de drogas, movimentações bancárias e recrutamento de novos membros.

Ao todo, DRACO2 cumpre 98 medidas cautelares:
– 39 prisões preventivas,
– 30 mandados de busca e apreensão,
– 29 bloqueios de bens, usados para descapitalizar o grupo.

A estrutura financeira da facção utilizava contas de terceiros para lavar dinheiro e manter o fluxo do tráfico. Parte dessas operações foi rastreada a partir de movimentações suspeitas identificadas pela Polícia Civil.

A ação integra a rede RENORCRIN, do Ministério da Justiça, que articula investigações simultâneas contra organizações criminosas. Participaram também o DECCO, SESDEC, CORE, delegacias regionais e o Ministério Público de Rondônia.

Fonte: planetafolha


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