Material da adolescente foi coletado para a realização de biópsia
Ao responder uma reportagem do FOLHA DO SUL ON LINE, na qual foi noticiada a morte uma adolescente de 17 anos, no Hospital Regional de Vilhena, a assessoria da prefeitura fez revelações surpreendentes. A principal delas: a família da garota recusou a transfusão de sangue que os médicos haviam recomendado.
Segundo foi informado ao site, a garota também não fez os exames indicados, quando foi atendida na rede básica de saúde, com diagnóstico de pneumonia. Material dela foi coletado para exames, já que a menor apresentava suspeita de que poderia estar com câncer. O resultado da biópsia ainda não chegou.
Quanto à recusa da transfusão, ela se baseia num dos preceitos da denominação religiosa da família da paciente, que condena, com base em interpretação bíblica, o recebimento e a doação de sangue.
Conforme a direção clínica do HR, ao dar entrada na UTI, em estado grave e com suspeita de anemia, a adolescente sofreu Choque Hipovolêmico. Segundo a equipe médica, esse problema teria sido evitado se a transfusão de sangue tivesse sido autorizada.
POLÊMICA
Grupo religioso com forte atuação em Vilhena, embora seus fieis sejam discretos, e no qual militava a menina e os familiares, a instituição tem uma comissão formada exatamente para dar assistência a quem opta por recusar as transfusões. Mesmo em caso de pacientes menores de idade (o que se viu em Vilhena), a decisão de não receber sangue é defendida na justiça, com a ajuda de advogados que assessoram a comissão.
Fonte: FOLHA DO SUL